Do bom gosto

By Lígia Moreira - setembro 07, 2011


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Eu acredito que o bom gosto não se adquire. Mas, sim que já nasce com nós. Já vêem de dentro. De alguma forma já nascemos com ele. Não digo que não possa existir excepções a regra. Mas na maioria dos casos já se nasce assim. Respeito quem pense o contrário, mas pelo menos quando olho ao meu redor, apercebo-me cada vez mais dessa realidade. Não quero com isto dizer que é um defeito. Mas também não é de todo uma qualidade.
A verdade é que o bom gosto está cada vez mais em vias de extinção. E é uma pena. Cada vez mais desiludo-me com o que me deparo. Cada vez mais, fico sem o que dizer em determinadas situações. Porque o bom gosto não se restringe somente no que se compra, mas também está nas escolhas que fazemos, naquilo que usamos e na forma como o usamos, nos nossos desejos pessoais, nas nossas ideias, nos filmes que vemos, na música que ouvimos. Em tudo ele está lá. E eu falo por mim. Eu não sou perfeita. Também cometo erros no que uso ou compro. E muitas das vezes precipito-me. E iludo-me. E passo por fases. E eu também ainda estou numa fase de metamorfose e por isso estou a crescer e a evoluir. E comigo está o bom gosto. Que apesar de ser ainda pouco visível aproveito-me dele sempre que posso. Existem casos diversos e o meu é um deles. E eu acredito que á pessoas que se transformam radicalmente e mudam, Acredito e conheço casos assim. Casos felizes. Porém de uma maneira ou de outra, o bom gosto já habitava nelas. E é nesta teoria que me baseio.Uma das muitas. Que o bom gosto existe. Que pode existir em toda gente. Basta procurarmos no sitio certo. Ter força de vontade para querer mudar. Saber distinguir o sítio onde estamos e para onde vamos. Sermos inteligentes ao ponto de usarmos as nossas armas pessoais para ganhar vantagem perante os outros.
Caso contrário se não o fizermos, fica tudo na mesma e desperdiça-se tanto. Tanta beleza que é deixada assim a mercê do que aparece pela frente. E eu continuo a dizer que é uma pena. É mesmo. Mas quem sou eu para mudar as pessoas? Digam-me?Quem sou eu? Ninguém. As pessoas tem que mudar por elas próprias. Tem que se aperceber sozinhas. E daí tomar decisões. E quando isso acontecer. Eu canto. Eu juro que o faço!

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