Costuma-se dizer que depois da tempestade vem a bonança. Não é que foi mesmo isso que aconteceu. Depois de uma sucessiva chegada de más notícias, lá veio uma boa. Mas, antes disso já tinha passado um dia inteiro a ver casas para comprar e outro dia inteiro a tratar de toda a documentação que era necessária e que a imobiliária tinha pedido. Depois de toda essa correria. Tive a resposta. Que sim. Que o banco aprovou o meu crédito á habitação. Com uma taxa fixa, razoável e perfeita para mim. Aquilo que vou pagar pela minha casa é quase metade do que ia pagar por uma renda. Estou bastante satisfeita. Claro que e escusado será dizer que estes dias e até ao final de Dezembro e início de Janeiro vão ser caóticos. Entre ter que ir ao banco e abrir nova conta, mudar de morada em tudo o que é preciso, mudar de casa, fazer obras na minha casa nova e depois veem o natal e aquela azafama toda que é propício da época. Vai ser caótico. Mas vai valer apena. No final tudo vale apena. Mal posso esperar.
Bem sei, que tenho estado bastante ausente daqui, mas estes últimos, quase três meses não tem sido mesmo nada fáceis. Tem sido mesmo muito complicado para mim conseguir gerir tudo o que está acontecer na minha vida neste momento. Existem dias em que a minha vontade de sair da cama é praticamente nula. Só me apetece ir para um canto e chorar. Entre ter que mudar de casa e ter que encontrar uma decente que tenha o mínimo das condições para viver e que não peça uma fortuna de renda, porque senão caso contrário tenho que vender um rim para conseguir pagar uma casa decente por mês; e isso não pode mesmo acontecer, até porque obviamente preciso dos dois para viver. Claro que a melhor opção no meio de todas as péssimas opções anteriores é comprar uma casa. A minha primeira casa. E neste momento o mercado da habitação está para lá de caótico e está mesmo complicado, até porque os bancos não financiam a cem por cento e tem que se ter sempre os tais dez por cento de entrada e já não estou a falar das despesas habituais para pagar a escritura. Enfim. Estou neste momento um caco. Apetece-me pegar numa almofada e gritar, sem ninguém ouvir.