Ás vezes pode até ser implicância minha. Todos nós implicamos com certas pessoas. E elas até podem ser de facto boas pessoas. Podem estar até sempre disponíveis para ajudar, podem até ser cheias de boas intenções, podem até ser de facto verdadeiras no que transmitem, podem até estar do nosso lado nos momentos mais difíceis, mas na verdade, quantas realmente são assim.?.. Muito poucas o são. Muito poucas são as pessoas que nos ajudam, quando realmente estamos mesmo em baixo. E acreditem que eu sei do que falo e sei disso porque o vivi e conheço quem o tenha vivido pior do que eu. E por isso, talvez eu tenha perdido a fé ou a esperança [e chamem a isso o que quiserem], nas pessoas. E eu sei que não sou perfeita. Tenho defeitos como toda gente tem. Tenho imensas falhas, e já cometi tantos mas tantos erros. Eu não sou mais do que ninguém nem nunca o vou ser. Tento muitas vezes ser uma pessoa melhor [mas na verdade, nunca chego sequer a tentar], por preguiça, por falta de vontade ou por medo. Eu não sou melhor, mas sei que não sou pior. Eu sei que sou leal. Eu sei que sou sensível. Eu sei que não sou falsa ou hipócrita. Eu sei que não prometo o que sei que não consigo cumprir. Eu sei que no fundo eu sou boa pessoa. Eu sei que posso contar comigo mesma. Mas não sei se posso contar com pessoas que na verdade mal conheço. Que na verdade nem sequer sei se são realmente boas pessoas. Se calhar preciso de mais tempo para as conhecer melhor ou se calhar nem vale apena.
E quem vê a serie como eu a vontade é ainda maior. Oh se é...!!
Já são 23. E parece que não mas já são bastantes. Ás vezes gostava que fossem apenas 10 ou 12, pois era mais fácil. Era mais feliz, mais despreocupada e mais inocente. Não, que não tivesse problemas, mas não pensava neles. Passavam-me ao lado. Era tudo tão simples, tão puro, tão brilhante. Mas, não, não faço 10 faço 23 e tenho que convencer a mim própria que a partir de agora será sempre a subir e nunca a descer. Mas lembro-me como se fosse hoje o dia em que fiz 18 anos. Foi de todos o melhor aniversário que já tive. Foi a melhor sensação que alguma vez pude sentir e a qual nunca vou conseguir explicar. Os 23 vão ser bons, mas não vão ser os 18. Porque os 18 são únicos. São uma transição. Quando-se entra na casa dos 20, tudo parece que perde um pouco o encanto. Já somos crescidos, adultos, homens e mulheres feitos e já não dá-mos tanta importância as pequenas coisas, aos momentos mais importantes. Mas, eu não, eu nunca perdi esse brilho. Porque eu tenho 23, mas de espírito tenho 10. E é o espírito que permanece vivo. Eu ainda me sinto como uma criança. Uma criança já grande, mas pequenina. E é assim que quero manter-me.
Mas ainda que adulta, quero que os 23 sejam bons. Quero que tragam mudanças positivas. Quero que venham carregados de alegrias e de menos tristezas.
Sei que são mais as responsabilidades, mas quem não as tem.??...
Sei que são mais as responsabilidades, mas quem não as tem.??...