I know that my blog have received comments in English, so i decided to write this time in English. For some that want to change for another language, you can use the Google translate that is on my blog at right.
I miss those times that i was a little girl and everything used to be so easy and happier. But time runs so fast that i don't want to remember that i'm not a girl anymore. Now i have responsibilities! And it's sucks when you have responsibilities!
Existiu uma altura em que eu gostava de agradar. Gostava mesmo. Não por interesse. Mas, sim por boa vontade. Eu queria mesmo que as pessoas gostassem de mim e então achava que ao agradar estava a fazer a coisa certa. Resultou e não resultou, basicamente não deu em nada. Sempre fui um alvo fácil. E as pessoas aproveitam-se disso e tiram partido do facto de sermos mais sensíveis, de sermos diferentes, para abusarem da nossa boa vontade. Isso marcou-me imenso. Aconteceu no Secundário. E eu tive pena que tivesse sido assim, a sério que tive. Não tenho saudades rigorosamente nenhumas dos colegas, dos professores, da escola, dos momentos que embora escassos, nem valeram o esforço. Talvez pudesse ter sido diferente, podia ter sido sim, mas, não foi porque não quiseram, porque as pessoas são avaliadas e julgadas pelo que são por fora e não pelo que verdadeiramente são por dentro. Muitas das vezes são os nossos actos que mostram o que somos realmente. E foram os actos, e as palavras, e as brincadeiras que foram ditas como inofensivas, foram os risos falsos e as mágoas que acumularam-se ao longo dos últimos três anos. E eu admito que na altura eu não era muito acessível, e era egoísta e exigia das pessoas, mas, não foi tudo culpa minha. E eu posso sentir remorso, e mágoa, e arrependimento, mas sinto mesmo pena, sim, daqueles/as, pois hoje podiam ser meus amigos, e eu podia ter tido isso em consideração, podiam ter pedido desculpa e eu ter dado mais uma oportunidade, podiam ter vindo falado comigo, podiam ter sido sinceros, podiam julgar, mas, ao menos faziam com dignidade, mas, não. E por isso sinto mesmo pena dessas pessoas, que hoje são um número na minha lista de contactos e são tão insignificantes quanto as memórias que eles criaram.
Não é a aparência que conta mas sim aquilo que somos por dentro, tudo aquilo que nos molda como pessoas.